A vida propicia ao advogado momentos de alegria. Principalmente aos vocacionados. No seu ministério, o advogado presta serviço público, sua atuação não se reduz a mero defensor de interesses das partes. No exercício de sua profissão, ele é consagrado como indispensável à administração da justiça.
Mas o advogado também sofre contrariedades e decepções. Nos confrontos com colegas desleais, diante de equivocados julgamentos, dentre muitos outros empecilhos que muitas vezes impedem ou dificultam a busca de justiça.
Passados cinquenta anos de diuturna dedicação profissional, continuo um entusiasta da profissão de advogado. Esse entusiasmo advém da inequívoca vocação para o que faço. Muitas vezes encarando o labor como diversão, como lazer. Uma necessidade que condiciona a vida.
Lembro sempre das palavras do queridíssimo amigo Souto Borges, em seu livro Ciência Feliz, quando afirmou que a dedicação ao trabalho de toda uma vida exige pertinência somente possível de se obter quando o próprio trabalho corresponde ao secreto apelo da nossa própria vocação.